segunda-feira, 31 de março de 2008

"Ponteiro"


Ponteiro
Marilia Medalha e Edu Lobo no III Festival da Música Popular Brasileira, no Teatro Record Centro, São Paulo.
A música ainda seria cantada outras duas vezes: na apresentação do 1º Prêmio, e o "bis" do encerramento do Festival, que contou com a presença, no palco, de quase todos os artistas daquela noite.
A algazarra da platéia no início do vídeo tem uma explicação: PONTEIO foi cantado logo após a famosa apresentação de Sergio Ricardo e seu violão. E a desclassificação do compositor, anunciada por Blota Junior ao público e ao Júri, despertou uma "tempestade" de aplausos e vaias, mas com uma predominância dos primeiros.


Domingo no Parque
Gilberto Gil no III Festival de música.


Roda Viva
Chico Buarque no III Festival de música.


Alegria, alegria
Caetano Veloso
Essa mesma música serviu de fundo musical, 25 anos depois, para o movimento dos jovens carapintadas , na luta pelo impeachment, impulsionada pela série “Anos Rebeldes” de Gilberto Braga.
Não coloquei o vídeo do III Festival de música em 69, como os outros vídeos acima, pelo simples fato de que esse clip criado pelos alunos do CEAM sobre os anos rebeldes do movimento estudantil, durante a ditadura militar brasileira, tem muito mais a dizer do que o outro vídeo.

Época em que existia UNE, em 1960.
Época em que existia um senso diante da realidade brasileira.
Época em que existia uma moral coletiva.
Época em que existia amizade, companheirismo verdadeiros.
Época em que existia um lutar pelos seus ideias, e, se preciso for morrer por eles.

Muitas ou melhor quase todas das conquistas sociais, trabalhistas, de liberdade, da igualdade, do respeito, da cidadania... que estão tipificadas nas leis, CF/88, vêm desse legado de heróis, heróis que não estão em filmes ou se quer são os idolos adorados por essa juventude de hoje, (que muitas das vezes não têm nada de heróis), esses heróis que lutaram por um Brasil digno e igualitário, não estão em lugar nenhum, muitos deles morreram, para que nós hoje vivessemos em um "ideal" de democracia e o pior que nem se quer os conhecemos.

Mas, aqui vai um agradecimento daquela juventude, que fez muito por nós e que hoje nós nem lembramos quem são ou o que fizeram e se quer fazemos algo analógico às suas ações pretéritas, pelo contrário só pensamos em nossas próprias individualidades, esquecendo que nossos filhos e netos herdaram o que a gente deixar.

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